População LGBTQIPA+

Temos acolhido nas clínicas de Reprodução Assistida e nos consultórios psicológicos, uma maior diversidade de pessoas com o mesmo propósito de vida: serem mães, pais. Sejam mulheres ou homens sozinhos, casais heterossexuais, homoafetivos, transgêneros, todos merecem nosso apoio no processo da Reprodução Assistida.

O aumento da procura por tratamentos pelo público LGBTQIPA+ é reflexo de conquistas que a sociedade teve em relação a essa parcela da população. Lembremos que a legislação brasileira quando passou a facilitar o registro do filho de casais homoafetivos gerados por métodos de reprodução assistida sem exigir permissão judicial, apenas documentações e autorizações conforme orientação da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ).

Sabemos que desde 2011 os casais homossexuais passaram a ter o direito de igualdade em conceber uma vida, assim como foi permitido a casais heterossexuais, o que representou um grande avanço social, afinal é preciso lembrar que a família singular não existe. Existem formas de organização.

Você concorda com esta linha de pensamento?

O encontro com o psicólogo é potente para o(a) paciente que está em processo de tratamento na Reprodução Assistida, pois amplia questionamentos, percepções.

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Você sabia que não existe uma lei específica para a Reprodução Assistida no Brasil?

Diferentemente de alguns países, no Brasil não há uma lei específica para a Reprodução Humana Assistida. Contamos apenas com um parágrafo da Lei de Biossegurança de 2005 e por essa razão precisamos das resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM). Estas resoluções têm o objetivo de normatizar as diretrizes para as técnicas da Reprodução Humana Assistida (RHA). Trocando em miúdos, as regras, que precisam ser as mesmas para todos, ou seja, para todas as clínicas e para todos os profissionais que trabalham com as técnicas e procedimentos da RHA. 

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Optando pela Ovodoação de maneira mais tranquila

A ovodoação representa mais um grande avanço para a ciência. Abre um leque maior de possibilidades para mais pessoas gestarem, como pessoas trans, casais homoafetivos, produção independente, mulheres sem óvulos geneticamente fertilizáveis.
Estamos falando de receber material genético feminino de outra mulher, ou seja, os óvulos.

Compreender que as decisões passam primeiramente pela elaboração do que se está sentindo, é primordial.
Respeito a este tempo emocional do tratamento é meio caminho em direção a uma escolha consciente e assertiva.
A construção do vínculo afetivo com a gestação e com o futuro bebê também são frutos da forma como a ovorecepção foi escolhida.Querer ser pai ou mãe é, se propor a construir um laço afetivo com o filho.

A última resolução do Conselho Federal de Medicina trouxe, para algumas pessoas, mais esperança na agilidade do processo, pois consentiu que além das doadoras anônimas, também parentes de até 4 grau pudessem ser doadoras.

Há pessoas ou casais que vivenciam de forma tranquila a notícia de terem que se submeter a FIV com a recepção de óvulos. E para outras pessoas nem tanto.

Medos, fragilidade e fantasias podem fazer parte da surpresa da prescrição, o que deve ser acolhido, escutado e cuidado.

Não é incomum vermos casais que se angustiam com a pressão de terem que se decidir para darem continuidade ao tratamento.
Mas sabemos que responder a tal pressionamento pode intensificar fragilidades e causar mais sofrimento.

O respeito ao tempo psíquico é fundamental para uma decisão acertada‼️

Se permitir compreender e esclarecer dúvidas sobre a técnica e especialmente, elaborar os significados do que se sente é se cuidar e cuidar do outro!

O casal que dá espaço ao outro para compartilhar os seus sentimentos e conversa, sem julgamentos, sobre o que tem vivido emocionalmente tende a se unir, a potencializar força.

Somente com a elaboração dos sentimentos de cada um é possível viver a tomada de decisão de forma saudável e em paz!

E lembrar que não há regras, modelos, exemplos a serem seguidos. Cada um tem dentro de si sentimentos, expectativas que devem ser considerados.

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Você sabe o que é Epigenética?

Durante muito tempo, os cientistas acreditavam  que o código genético era inalterável, determinista. Depois de muitos estudos, compreendeu-se que há fatores epigenéticos que precisam ser considerados.

Epigenética é uma área da Biologia que estuda o tanto que o meio ambiente pode ativar ou silenciar os genes. 

Epi, do grego, significa sobre ou acima da genética. Trocando em miúdos, o estudo epigenético volta-se para as interferências externas para além da carga genética. Ou seja, para além do sequenciamento dos genes, há que se considerar também a sua expressão.

Dois exemplos bem claros são: Por que alguém com gene para o câncer poderia não o desenvolver? 

ou ainda: Como é possível  irmãos gêmeos, que possuem os mesmos genes serem diferentes?

A resposta é: O gene não é determinista e por isto uma pessoa não desenvolve o câncer. Há  fatores ambientais, comportamentais e sociais, ou seja,  mecanismos epigenéticos que o silenciaram. 

Quanto aos gêmeos, os fatores epigenéticos são responsáveis pelas diferenças dos mesmos. 

O estudo da epigenética passou a ter, cada vez mais, o olhar dos cientistas em diversas áreas, como nutrição, medicina, e inclusive na reprodução humana assistida. 

Estes estudos são bem importantes quando pensamos nas mulheres em tratamento de Fertilização in Vitro(FIV) e que precisam de óvulos de outras mulheres. Para algumas destas receptoras( quem recebe óvulos de outra) a maior angústia é saber que o seu filho não carregará o seu material genético. E realmente não carregará, mas há que considerar que o ambiente uterino, o comportamento, como hábitos alimentares da receptora, que é a mãe, alteram a expressão dos genes do óvulo da doadora. 

 Resumindo: o útero não é apenas uma incubadora, é bem mais que isto e influencia na expressão do material genético. 

Qual  é a diferença de ovodoação e ovorecepção?

É o procedimento de doar e receber óvulos de outra mulher para o procedimento da Fertilização inVitro

Para quem recebe os óvulos chamamos de receptoras e o procedimento é chamado de ovorecepção.  Para quem doa, doadoras e o procedimento de ovodoação.

Todo mundo tem visto amigas, conhecidas falarem que não desejam ainda engravidarem pois querem curtir mais a vida ou estudarem, trabalharem, ou por não se sentirem preparadas para a maternidade.  Diferentemente de nossas avós e mães, que bem cedo engravidavam, hoje presenciamos uma mudança de paradigma.

Só que precisamos estar atentos  a uma jovialidade na disposição, nas inúmeras oportunidades sociais e do próprio desejo, que nem sempre coincide com o biológico.

A prescrição médica da técnica da Ovorecepção como única possibilidade de tratamento e sucesso na gravidez pode ser experimentada de maneiras diferentes por mulheres e casais. Medos e fantasias podem fazer parte da surpresa da prescrição, o que deve ser considerado. 

Não é incomum vermos pessoas atravessadas por  fantasias do que seja um filho com material genético de outra pessoa( sejam óvulos, espermatozóides ou embriões) e que às vezes, pressionados pelo tempo de continuidade do tratamento, não respeitam o seu tempo de elaboração emocional.

Antes de qualquer decisão, se respeitar, se escutar. Há um tempo psicológico associado aos significados pessoais que tal vivência pode representar.

E não há regras, modelos, exemplos a serem seguidos. Cada um tem dentro de si razões que devem ser escutadas. Sempre frisamos que não há uma história que tenha dado certo e que seja um exemplo a ser seguido. O que há são vivências belíssimas e inspiradoras de outras pessoas e que servem para refletirmos conjuntamente ao que estamos sentindo e pensando. 

Qualquer  decisão precisa ocorrer em concomitância ao tempo emocional, que compreendo como o tempo do coração. 

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Infertilidade atinge 15% da população mundial, segundo a OMS

Você sabia que, segundo o último relatório da Organização Mundial de Saúde, a infertilidade atinge 15% da população?

Esses dados representam que 1 a cada 6 pessoas carregam o diagnóstico de infertilidade.

E o que escutamos, com certa frequência em nossos consultórios, são mulheres desoladas queixando-se a respeito da surpresa que viveram ao desejarem engravidar e não conseguiram. Assim, seguem dizendo que não foram avisadas que talvez não pudessem engravidar quando desejassem, caso não se programassem.

Há algo que se chama reserva ovariana.
O que significa isso? Com o passar do tempo, nós, mulheres, vamos perdendo a reserva de óvulos com que nascemos e assim, a idade de 35 anos pode significar um envelhecimento ovariano e consequente comprometimento para engravidar.

Assim, muitas vezes, a indicação prescrita por fertileutas( especialistas da área da Reprodução Assistida) para se chegar à gravidez é à ovodoação, ou seja, recepção de óvulos mais jovens de outras mulheres.

Caso já houvesse o congelamento de óvulos próprios anteriormente à esta idade as chances de gravidez seriam maiores. E esse é o ponto de maior queixa das pacientes: não terem tido conhecimento a respeito do assunto. “Parece que fui ensinada apenas a evitar filhos, mas não a tê-los quando quisesse”(sic).

Tudo bem que o desejo de engravidar tem batido às nossas portas mais tardiamente, após realizarmos várias conquistas na vida: carreira profissional, relacionamento, estudos, etc. e que muitas de nós, acompanhadas ou não, nem mesmo têm optado por filhos.

Mas para quem deseja muito ser mãe ou pai e recebe a notícia de que poderia ter optado por uma gravidez mais cedo ou que o congelamento de seu material genético seria uma opção, o susto é grande!

Ter consciência da infertilidade é importante e por isso o mês é dedicado à causa.
Compartilhe com amigos e fale aqui se você também já sabia disso.

Se quiser conversar mais sobre o assunto me manda uma mensagem!

Psicóloga Cynthia Machado – CRP 04/13909
Ajudando você a ser mãe

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